O debate político, a empatia e a pedagogia afetiva

Nos últimos meses, temos sentido na pele e diariamente os efeitos de um momento político turbulento. A confusão na esfera pública atinge diretamente as ruas e chega a cada um de nós, em maior ou menor grau – o que leva educadores e pais a se questionarem sobre como abordar o debate político com seus filhos e alunos.

Segundo a pesquisadora Tonia Casarin, da Universidade de Columbia (EUA) e especialista em Educação e Habilidades Sociais, o debate político não pode ficar de fora da escola ou da vida familiar, pois oferece um ótimo momento para o desenvolvimento de habilidades importantes, como o raciocínio crítico e a argumentação. A autora, porém, alerta: é preciso saber lidar com a questão. 

Para Casarin, o caminho para a promoção dessas discussões deve passar, necessariamente, pelo exercício da empatia, ou seja, pelo reconhecimento da condição humana do Outro, da humanidade de quem pensa diferente. 

Além disso, afirma, é fundamental que o debate seja conduzido de forma equilibrada e serena, e que pais e professores procurem oferecer meios diversos de informação e que os mesmos possam ser verificados, conduzindo seus educandos a separar fatos de opiniões e a lidar com as informações de forma analítica e racional.

Para desenvolver a empatia, a pesquisadora sugere propor uma mudança de papeis, de forma a fazer com que nos coloquemos no lugar do outro: como ele pensa? Que motivos tem? O que sente? Tentar defender um ponto de vista contrário ao seu é uma ótima forma de compreender o outro e, assim, chegar ao entendimento.

Tudo isso vai ao encontro das ideias da Pedagogia Afetiva, a proposta do Sistema Maxi de Ensino, que o IEST adota, que busca o entendimento e a educação global dos alunos, desenvolvendo habilidades sociais, emocionais, afetivas, interpessoais e intrapessoais, indo muito além do conteúdo tradicional. Para tanto, vale promover o debate sadio e construtivo!

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