O Consumismo e a produção de lixo

Alunos da 2ª série do Ensino Médio estudaram, nas aulas de Química, sobre os problemas causados pela produção de lixo. 

O século XXI nos trouxe diversos progressos nas áreas da medicina, tecnologia e comunicação. Mas, aliado aos benefícios, há também consequências negativas com as quais temos de lidar. Uma delas é a crescente onda de consumismo. 

No início do século XX, a indústria tinha como objetivo criar produtos bons, duráveis e baratos. Mas com o passar do tempo, os consumidores já tinham os produtos e não precisavam mais comprá-los. Para não trazer prejuízo às industrias, a solução foi incentivar o mercado a criar novos produtos, mais modernos, com novos designers e novas funções. Dessa forma, os consumidores se tornam dependentes da busca pelos modelos mais atuais.


É verdade que essa estratégia promove um desenvolvimento econômico. Mas será que o desenvolvimento econômico garante o desenvolvimento social? Atualmente podemos observar a concentração da riqueza e o aumento da pobreza. Para a maioria das pessoas, o verbo “ter” se tornou mais importante do que “ser”. Isso causa uma inversão de valores que afeta as estruturas sociais.

Vamos analisar uma das consequências do consumismo para o meio ambiente e o social: a produção de lixo.

Em muitos países, a onda de desperdício vem crescendo, causando uma enorme produção de lixo. Para se ter uma ideia, no nosso país, cada brasileiro produz, em média, 1kg de lixo por dia. Nos EUA são 2kg por pessoa!

É comum as pessoas pensarem que para resolver o problema do lixo é só colocá-lo para fora de casa. Na verdade, é aí que o problema começa. Para onde vai a maior parte do lixo no nosso país?

Existem terrenos enormes chamados de lixões, onde todos os dias caminhões despejam toneladas de material. Esse tipo de acondicionamento do lixo é inapropriado pois o material não recebe tratamento. Fica simplesmente jogado em pilhas espalhadas pelo terreno. Assim, conforme ocorre o processo de decomposição é formado o gás metano (CH4) que contribui para problemas ambientais como o Aquecimento Global. Também é produzido o chorume, um líquido preto que é o lixo do lixo, contém metais pesados (tóxicos para o ser humano) e bactérias. Infelizmente a terra absorve o chorume, o que a torna contaminada e ainda pode poluir lençóis freáticos. Além disso, o lixo atrai animais como ratos, baratas e urubus, normalmente portadores de doenças.


Infelizmente o lixo atrai também pessoas que, por falta de opção, acabam vivendo e trabalhando nos lixões. Essas pessoas não recebem equipamentos de proteção e ficam expostas a perigos como deslocamento de caminhões e tratores, doenças infecciosas, poeira e objetos cortantes. Sua saúde se agrava pela desnutrição e frequentes casos de doenças. 

Diante desse enorme problema, o que pode ser feito?

Primeiro passo é analisar um dado curioso: 95% da massa total do lixo urbano tem um potencial significativo de reaproveitamento. O que significa que apenas 5% do lixo urbano é lixo de fato. Esses números nos mostram que é possível investir na reciclagem e reutilização dos materiais.



Outra forma fundamental de combater o problema é reduzir o consumo. Antes de comprar qualquer coisa, pare e pense: “Será que realmente preciso desse material?” Essa simples pergunta vai nos ajudar a diminuir muitos problemas ambientais e sociais.

Interessou-se pelo assunto?

Assista o trailer do documentário “Lixo Extraordinário”, onde o artista Vik Muniz realiza um trabalho incrível com alguns catadores de lixo, transformando lixo em arte.


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