07 de Setembro: Conquista ou Negócio?
"Nem grito do Ipiranga nem cavalo branco. O Brasil comprou a sua Independência pagando milhões de libras esterlinas a Portugal numa negociação mediada pelo Cavaleiro de Sua Majestade Britânica Sir Charles Stuard, Grão Cruz da Ordem da Torre e Espada, em 1825.
O acordo que oficializou o ato foi publicado em vários jornais brasileiros. O Correio da Bahia publicou a integra do documento, em setembro de 1825; não fala em valores e para isso usa do eufemismo “aceitando a mediação de sua majestade britânica para o ajuste de toda a questão incidente à separação dos dois estados”. A “questão incidente” era de 2 milhões de libras esterlinas, valor pago a título de indenização, à época uma fortuna.
Pelo tratado publicado no jornal baiano, em setembro de 1825, Portugal reconhece o Brasil como país independente e ”promete não aceitar proposições de quaisquer colônias portuguesas para se reunirem ao Império do Brasil”. O dinheiro foi tomado de empréstimo nos bancos ingleses, mas não chegou na integra dos valores conveniados aos cofres de Portugal. A operação bancária passou por Londres que reteve 1,4 milhões de libras esterlinas, a título de pagamento da dívida externa de Portugal para com os britânicos. A Inglaterra tinha interesse na independência brasileira, uma vez que a partir dela os ingleses poderiam comercializar mais livremente com o Brasil, saciando assim a fome voraz dos cofres da coroa britânica no século XIX.
O Brasil pagou muito caro pela sua Independência, gerou uma dívida enorme, mas teve como recompensa a aceitação na comunidade internacional. O país foi logo reconhecido pela Áustria, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha e a Santa Sé. O anúncio no periódico baiano abaixo é um dos raros registros deste acontecimento na mídia da época."
O acordo que oficializou o ato foi publicado em vários jornais brasileiros. O Correio da Bahia publicou a integra do documento, em setembro de 1825; não fala em valores e para isso usa do eufemismo “aceitando a mediação de sua majestade britânica para o ajuste de toda a questão incidente à separação dos dois estados”. A “questão incidente” era de 2 milhões de libras esterlinas, valor pago a título de indenização, à época uma fortuna.
Pelo tratado publicado no jornal baiano, em setembro de 1825, Portugal reconhece o Brasil como país independente e ”promete não aceitar proposições de quaisquer colônias portuguesas para se reunirem ao Império do Brasil”. O dinheiro foi tomado de empréstimo nos bancos ingleses, mas não chegou na integra dos valores conveniados aos cofres de Portugal. A operação bancária passou por Londres que reteve 1,4 milhões de libras esterlinas, a título de pagamento da dívida externa de Portugal para com os britânicos. A Inglaterra tinha interesse na independência brasileira, uma vez que a partir dela os ingleses poderiam comercializar mais livremente com o Brasil, saciando assim a fome voraz dos cofres da coroa britânica no século XIX.
O Brasil pagou muito caro pela sua Independência, gerou uma dívida enorme, mas teve como recompensa a aceitação na comunidade internacional. O país foi logo reconhecido pela Áustria, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha e a Santa Sé. O anúncio no periódico baiano abaixo é um dos raros registros deste acontecimento na mídia da época."
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Baseado na matéria “O Dia em que o Brasil comprou sua independência: ...”, de Nelson Cadena, jornalista, escritor e pesquisador das áreas de comunicação e história da Bahia há mais de 30 anos, idealizador e editor do maior site de pesquisa sobre comunicação do Brasil (www.almanaquedacomunicacao.com.br) e autor dos livros: Brasil. 100 Anos de Propaganda; e 450 Anos de Propaganda na Bahia.
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