Agricultura familiar
O
professor de biologia, Fábio José Machado, em sequência aos estudos sobre o
projeto Unesco – Ano Internacional da agricultura familiar, incentiva a
discussão sobre o tema.
Há muito tempo que a agricultura
intensiva, essa agricultura convencional a qual estamos habituados a ver nos
mais diversos noticiários, vem degradando o ambiente e provocando o êxodo rural
com a “desculpa” de que é ela que mantém a oferta de alimentos. Nada mais
equivocado do que assumir um posicionamento favorável a esse pensamento.
Por meados das décadas de 1960 e
1970, foi criado um “movimento” mundial conhecido como Revolução Verde (em
analogia à Revolução Industrial), onde a agricultura e pecuária passaram a ser
tratadas como indústrias, onde a produção passa a ser acelerada devido ao uso
de maquinarias pesadas e alto consumo de insumos agrícolas altamente poluentes,
diga-se de passagem.
Com isso, a maioria dos pequenos
agricultores que não tem acesso a essa tecnologia, ficaram para trás na
produção de alimentos, e os que conseguiram adentrar desse círculo vicioso, ou
ficaram muito endividados ou até mesmo perderam suas terras. Sem contar os
inúmeros casos de doenças graves que afetam os familiares e os funcionários.
Na contramão desse movimento, (re)
surge como mais uma alternativa ao modelo proposto pela Revolução Verde, a
agroecologia. Com um conjunto de metodologias onde são respeitados os ciclos
das culturas e onde a biodiversidade é valorizada como uma auxiliar na produção
agrícola, várias famílias voltaram ao campo com a esperança de uma melhora nas
condições de vida, podendo perceber que isso tem inúmeras vantagens, pois os
insumos agrícolas industriais não são usados e com isso a qualidade do alimento
e do ambiente não fica comprometida.
Além da preservação do meio e da
saúde das pessoas que adotam tais sistemas, os produtos acabam ganhando valores
agregados por conta desta prática. E ao contrário do que se pensa ou do que se
lê, não é a agricultura intensiva a grande mantenedora dos alimentos que estão
em nossa mesa, e sim a agricultura familiar.
Para saber mais acesse o link da
EMBRAPA abaixo e leia a matéria sobre a agricultura familiar no Brasil.
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